segunda-feira, 21 de junho de 2010

A arte capitalista

Bem, hoje na escola, um grande amigo meu escreveu um texto que gostei muito, então pedi a ele e me concedeu a autorização de publicá-lo e compartilhar com vocês!


Por: Bruno Oliveira


A diferença entre o sentimento humano e a paranoia é a mesma entre o remédio e a droga. Somos um equilíbrio, um equilíbrio de quantidades de amor, de ódio, tristeza, alegria, razão e instinto; e a felicidade é só uma máscara, o sustento da ausência da tristeza, a qual é uma condição humana. Muitas vezes nos é ensinado a não chorar, a não não deixar levar pela tristeza, a odiar a dor ao invés de entendê-la, aceitá-la e criar um medo enorme de nós mesmos, das nossas fraquezas e os próprios relativos defeitos. Aprendemos que devemos ser sempre felizes, levantar a cabeça, sustentar uma alegria, uma superioridade infundamentada e saturada de medo e insegurança. Sejamos pessoas boas, consequentemente passivas; sustentar um relativo emprego digno e uma família feliz; e que para tudo isso produzir riquezas, participar dessa dignidade ridícula e alimentar o individualismo seguindo a política capitalista a nós imposta, aumentando o muro que se esconde atrás do trabalho, o ócio do povo que é ditado pela televisão, o ópio do povo e alienador apartir dos indicadores aristocratas capitalistas introduzidas nas artes cénicas que já deixaram de ser arte desde Shakespeare tornou ser ou não ser uma questão; assim como a música, a moda, tudo passo a seguir os interesses capitalistas, fontes de consumo, paranoia social. Nascemos sendo todas as coisas, propensos a todos os gestos, todos os sexos, a todos estilos de vida; crescemos e nos limitamos a apenas uma. Somos podados pela clamada ética, pelo individualismo, o capitalismo e a sua felicidade.


"O observador é o artista que brinca de criar a arte, o artista é o artesão de sentimentos concretizados que brinca de entender o mundo."




                                                                                                                                  Bruno Oliveira.

3 comentários:

  1. Muito bem escrito. Critica muito bem infundamentavelmente fundamentada!

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  2. Estilo bem diferente dos outros posts. Parabens bruno. Não entendi o contexto da frase no final.

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  3. A relação da frase final com o texto, é o fato de a arte ter se tornado um clichê capitalista, que tem o intúito de guiar o costume,a mentalidade coletiva, de acordo com os interesses da aristocracia burguesa. idéia que ela carrega, é o fato de você ter autonomia intelectual para interpretar da maneira que bem entender a arte, o modelo, o esteriótipo social. Em suma, sem os seus, os meus e os nossos olhos, a arte seria apenas um objeto, com um único dono.

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