segunda-feira, 28 de novembro de 2011

 Não gosto de coisas que te levam para baixo, se voc|ê pensa em coisas que te levam para cima... você vai ver a luz não a escuridão. - Alessandro

"Aqui jaz um homem de fé."

(“Morte, morte, morte que talvez
seja o segredo desta vida.” Raul Seixas)

 Já não mais estou; descobri que a vida eterna são as lembranças que ficaram nas pessoas com quem vivi, e que dependendo de como essas lembranças são guardadas te levam ao céu ou inferno. O primeiro são os amores que continuaram acesos, as coisas boas que foram feitas ao próximo e os sonhos que foram realizados; já o segundo, são as cicatrizes que ficam no fundo da alma, o que deixou de ser dito ou o que foi dito em nome do ódio. Mesmo assim, nada chega a ser eternamente eterno; pois nessa morte, se encontrei uma verdade absoluta é que o tempo leva tudo.
 Para sempre mesmo é meu epitáfio, produzido no mais nobre mármore, marcado com meu nome e uma daquelas frases clichês. Sinto por não ter dito mais “eu te amos”, “foda-se” e “eu posso”. Vejo que o que faz diferença é o que fiz; e o que deixei de fazer só me dá vontade e remorço. Sinto em perceber que os ossos que sobraram de meu corpo decomposto são iguais aos de todas as outras tumbas, mesmo tendo lutado a vida toda para tentar ser diferente e tentar fazer a diferença.
 O tempo cobra caro para quem decide viver. Outra verdade absoluta é que tudo tem um preço; e uma das coisas mais caras da vida é a felicidade. Dei o máximo de mim para alcançar o que almejava, mas esta talvez fosse minha grande qualidade e meu maior defeito, pois sonhos nunca acabam, quando se tornam realidade outros chegam em seu lugar.
 Nunca aceitei a existencia de deuses, por mais que algo em mim acreditasse na obra divina sempre mantive isso guardado.
 Não houve luz no fim do túnel, não houveram vozes e nem segunda chance. Era eu em minha cama, o barulho da chuva, o sono que tardava a chegar, a solidão, a dor no peito, e enfim,  a escuridão.


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Estranheza do Crescer

 É estranho quando tudo perde a graça, quando o que te dava prazer já se foi junto do último trago. Quando você cresce, tem que se adaptar ao meio, mas não crescemos de uma única vez; isso é por partes, em etapas, e a cada etapa dessa deve se re-adaptar. Quando se acostuma com o passado, o presente chega exigindo algo novo, e lá vem mais um longo processo de renovação, doloroso, estranho; novos modos, medos e manias.
 Em um ciclo; eterno, espera-se finalmente estagnar na zona de conforto. Mas aparentemente, ela nunca vai chegar.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Trechos e Plágios

Trechos e Plágios

Simplesmente me entreguei, ainda não sabia definir o que estava acontecendo. O que é a loucura senão entregar-se, viver do seu modo, sem preocupar-se em agradar; em ser normal?
 Até hoje não descobri quando comecei a mudar, como tudo isso se iniciou; também não tento recordar de onde isso surgiu, tenho medo das memórias, das poucas que me restam, as que ainda não foram trituradas ou escondidas de eu mesmo.

 Estou cansada de ser vilipendiada, incompreendida e descartada. Vivem me dizendo que me entendem, mas nunca quiseram saber realmente o que se passou, as memórias, os sonhos que se configuram tristes e inertes. Dizem que sou assim pela falta de atenção dos amigos, das lembranças. Tentar ser forte a todo e cada amanhecer, viver em dor; ninguém me entende!

   -Não me olha assim! Com este semblante de bom samaritano, como se eu fosse doente, como se toda essa dor fosse diferente ou inexistente.

 De quando em quando é um novo tratamento, mas o mundo continua sempre o mesmo, as mesmas pessoas que se masturbam nojentas, masturbam seus egos e gozam no dos outros, nada é justo, tudo é certo, inclusive a violência que existe contra todas as meninas e mulheres.
 Me tranco no meu quarto com meus livros e meus discos, meu cansaço. Eu sou um pássaro, me trancam na gaiola e esperam que eu cante, como antes.
 Decidi de uma vez. Fiquei horas a me observar no espelho enquanto as lágrimas corriam, tomei um banho para tentar tirar aquela sensação de sujeira, não adiantou. As marcas no meu corpo feitas com meu pequeno canivete, a dor era bem menor do que parece; a cada corte, junto ao sangue o que havia de sujo de mim saía, inclusive minha vida. Talvez amanhã eu jogue no número 22.

 Foi tudo muito intenso, cautelosamente planejado, aconteceu. Sei que sou superficial, sei que tudo isso é superficial; alguns dias para frente não restará na minha cabeça nada além de resquícios de memórias retorcidas. Nossos desejos perdem o valor quando são realizados, por mais que tenhamos batalhado por isso.
 Trancafiado em devaneios, tentado suprir meu voyeurismo. Aquelas imagens ainda vivas aparecem em minha mente nítidas.
 Planejei poder tocá-la, finalmente aconteceu; por incrível que pareça, sempre consigo tudo o que quero! Basta algumas doses e uns risos soltos, a malícia perde a máscara, o prazer supera a razão. Mas, talvez infelizmente, o meu álbum nunca se completará.

De 20 a 21 de Setembro, interrompido ás 22h pela CLUB


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Lei da Vida

O tempo já passou
meus idolos se perderam
os amigos se foderam...
tudo mudou.

O que era prazer
hoje ainda se repete
mas agora como vício
que me suja
e me suga

Quem fingia me entender
ja nem tenta mais
cansei de me perder
e afundar mais e mais

Aprendi que respostas não existem
o tempo não cura tudo
as feridas insistem
me enterram nem abismo profundo

Antes eu conseguia
tinha tudo o que eu queria
mas minhas armas foram sugadas
beleza, simpatia e alegria.

Sem Saída

Me sinto só
Num deserto de almas desertas
Pessoas com ideias incertas
Olhares me atravessam como flechas

Vermes travestidos de Sapiens Sapiens
Eu apontado como um Alien
Sozinho
Sem amor, sem carinho

Eu quero sair
não posso fugir
aqui não é meu lugar
não consigo sumir

(incompleto)


O Terceiro Travesseiro

O silêncio da morte é enorme; o do meu coração maior ainda!  - Marcus, Renato e Beatriz


Leia, não vai se arrepender!

O sono profundo

Sentado numa noite de quinta, onde só pode escolher um dia para ser feliz, e eu tentei hoje; mas não deu certo!
Uma garrafa de cerveja na mão, onde só se pode enxergar o invisível embriagado. Uma noite de sexta, onde o que nunca chegará chegou! Mas mesmo assim não estou satisfeito; nada neste ponto me faz feliz; nem o melhor sexo, nem a melhor cerveja, nem o maço de cigarros.

Enfim, nada melhor do que dormir!

sábado, 16 de julho de 2011

Hemp

"Minha vida que não me ama, minha amada que não vai me amar: seduzo as duas." Kerouac

 Escrever faz bem sabia? Mas não é para qualquer um não!
 Escrever é como vomitar quando se está bêbado; olhar para o espelho com a cara embriagada, abraçar o vaso com todo o amor, sentir aquele aperto no estômago, tudo se contraindo, e aquele líquido ácido saindo de teu corpo.
 Escrever é pegar esse vômito, tirar as gosmas excedentes, moldar o resto ácido, profundo, criar uma forma, um conteúdo, fazer uma escultura com o podre, com aquilo que veio de dentro... e talvez guardar.
 Falar da dor, da solidão, do amor vivido ou até mesmo daquele que nunca irá acontecer fora da sua cabeça. Soltar o podre, o amargo, o sujo, a morte, o belo que se tornou feio; como eu.


 Fui conhecê-los num final de noite; cervejas e violão. Raul, Cazuza, Pedra Letícia e Engenheiros.
 Não senti nada além de tesão na primeira vez que vi, um irmão bobo o outro mais ainda. Altos papos: sexo, drogas e rock'n roll.
 Alguns dias se passaram, os convidei para a minha sala de estar. A noite caiu, areia, alcool, sal, céu; quando o branco chegou, fomos a areia juntos: celular, carreira e canudo; BEIJOS. Casa, madrugada, outro irmão, sofá, pés esfregando, SEXO.

 Assim começou a história: Me apaixonei.
 Horrivel é quando percebe que ele é mais diferente de você do que imaginava. Que os papos de marola não fazem tanto sentido quando você está careta, quando você é careta!
 Aquele amor idealizado que some, aquele fogo que começa a se apagar; aquilo que foi imaginado, planejado, sonhado; que não foi executado e se reduziu a pó.

Agora só resta esperar; ver como vai dar, no que vai dar!


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Só há Passado

O agora já passou, o depois está acontecendo... O que nos resta?

O ANTES, o ontem!

 Não quero viver de passado, mas quando um presente ruim chega, o que me dá forças, é lembrar, que mais dias bons virão.


Cansei de procurar frases que falassem de mim

 Aquele pedaço que me faltava já está aqui, sempre esteve, eu que não o via. Cansei de procurar frases que falassem de mim!
 Foi uma noite legal, pra variar em Vila Velha. Enquanto todos dormiam, nós, no sofá.
 Já se foi a época do ponto de ônibus (apesar de hoje ter sido).
 Me apaixonei, tocamos Engenheiros, Cazuza, Led Zeppelin, Raul e tudo mais um pouco... Carreira, Dinheiro, Canudo, como dizia Caju.
 Está tudo muito bem, um beck antes da aula, um depois, talvez durante, sem nunca saber até onde irei chegar.
 Só não quero desrespeito nem preconceito, agora que achei o que queria, espero não largar mais, e as fases de "Girl Blue" não chegarem... Não por enquanto!
 Não venha me banir, me extorquir, me magoar e nem me rejeitar. "O certo é que eu tô vivendo, eu tô tentando!"

 Vamos compor mais músicas, recompor depois de algum alcool... O sexo vem depois, é consequencia; nós somos assim, é assim que age a Sociedade Alternativa.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O amanhacer vem mais tarde

 Estou dezessete anos mais velho agora, procurando aonde quero chegar. Mas isso não faz diferença agora, pois eu sei que sempre vou poder tentar mais uma vez... Até o dia em que eu morrer!

 Estava sentado à beira mar, observando aqueles pêlos suados, descalços; procurando talvez alguem que me deixasse chupar. Um cigarro após o outro, esperando alguem se aproximar. E foi simples assim, ele me pediu um cigarro, puxou algum papo escroto, falou sobre mulheres, bebidas e drogas. Falta de sexo! E pensei que esse não era o problema naquele momento. Já tinha sacado aqueles olhares secos sobre mim, pupilas dilatadas, voz melosa; cautelosamente, aproximei minha mão sobre seu órgão, esfreguei de pau duro já há longo tempo, aquele sorriso de lado apareceu em ambos.
 -Sabia!
 -Onde podemos ir?
 -Talvez em qualquer lugar, ou em lugar nenhum!
 No meio do mato, aquela cabeça roxa se expôs:
 -Nome?
 -Fernando!
 -Prazer!
 -Só vem depois!
 Minha boca se aproximou com nojo do crack, chupando pelas beiradas, pois estava sujo.
 -Te verei novamente?
 -Quem sabe algum dia? Ou dia nenhum!?


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Blues da sa(o)ciedade

 Ando por ai querendo (me) encontrar! Como disse sabiamente Marisa Monte. Me identifico com estilos, bebidas, pessoas e tudo mais que seja novo!? Mas ainda não sei quem eu sou, e por que eu sou.
 É como aqueles dias que te bate uma fome, você sabe perfeitamente o que quer comer! Sabe a testura, o sabor, a cor e todas as características daquilo que pode te saciar; então tu vai até a geladeira, abre, sente o frio nos pés e olha por todo seu interior tentando encontrar, mas não está lá; olha a despensa, mas ela também não está lá; roda todo o mercado, revira prateleira por prateleira, mas, isso que poderia te saciar, também não está lá!
 Assim ando me levando, procurando, prateleira por prateleira onde está aquilo que pode me saciar. Procuro nos céus, nos cus, nas fossas e nas músicas; mas não acho em lugar nenhum.

Só quero saber onde isso vai me levar!

PS.: Blues é um estilo musical marcado pela melancolia.


sexta-feira, 18 de março de 2011

Coberto e Descoberto

 Nos encontramos por acaso mesmo, pelo menos era assim que eu prefiria imaginar, que alguma força maior nos uniu além de nossas próprias vontades.
 Eu, apenas sentado naquela mesa bamba do quiosque, que sobre estava cheio de cacos do último copo que tentei tomar. Ele me apareceu! Aquele rosto, aquela visão. Sentou-se na mesa ao lado, pediu uma Skol e logo após o primeiro gole acendeu um Carlton; aquele rosto desconhecido e atraente, talvez até por ser desconhecido se tornara mais atraente, lábios secos, talvez pela secura do cigarro que bambeava de um lado ao outro, ou pela cerveja que ainda não havia chegado.
 Como sempre nos meus estados de euforia, cantarolei uma música de cazuza; o que chamou a atenção dele que em seguida me acompanhou em sintonia na música: - Vida louca vida, vida breve... - Logo o chamei para se sentar junto à mim, sem muito pensar, agarrou o copo e a carteira de cigarros em uma mão, e a lata que ainda estava na metade na outra.
-Quer dizer que tu curte cazuza?
-Com certeza, embalou minhas baladas enquanto tu estava nascendo!
-Quantos anos acha que tenho?
-15? 17!
-Acertou. E você?
-26
-Já está na idade santa! Janis, Jim, Jimmi, James Dean...
-Não me importaria em morrer agora, só quero poder apagar meu cigarro no cinzeiro e pedir uma dose de Uísque.

 Podia estar quente, o suor podia escorrer, o ventilador soprava um bafo mas tudo o que eu queria era poder continar envolto naquele que sempre me acolheu quando eu tive medo antes de dormir, que me deu conforto e companhia quando eu me sentia sozinho, e a unica coisa que precisava era algo me abraçando.
 Cômico não? Não! Isso só significa algo para quem vive este medo de dormir sem seu cobertor, sem seu eterno protetor, que sempre te livrou de todos os perigos que o cair da noite em uma cama solitária podia trazer.

terça-feira, 15 de março de 2011

Bilhetinho

Um menino rejeitado na sala de aula, uma menina deixada de lado pelas opiniões. Tudo começou com Ned Kelly e algo a mais que não me lembro bem.

Um céu de estrelas num ponto de ônibus, o bilhete na porta do carro, um corpo encontrado na praia morto afogado, Iemanjá viu tudo bem de perto. "Look for the girl in the sun in her eyes and she's gone..." Não era bem uma Lucy, mas sim uma Júlia, com sobrenome até esquisito, até um céu de diamantes podiamos ver naquelas noites.


Lembro-me daquele excesso de batom que você tirou no guardanapo do bar, dos embriagados risos  sentados na calçada, das observações sobre meus limites, ou dos limites que não tenho; do charuto de chocolate, da grama do pier, dos planos inacabados e por fim, do fim.

Até cheguei a pensar em me casar contigo, mesmo sabendo que não havia sentimento para isso dentro de mim.  Nada neste mundo é eterno meu bem, e pouco tempo é tempo demais para quem sabe o que quer, mas mesmo assim, como você sempre diz, que seja eterno enquanto dure.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Alto-mar

 Uma semana sem dormir, uma semana de novas experiências e momentos inesquecíveis.
Saudades das pessoas que nunca mais vou esquecer: Elis: Filha de um Hippie e uma mãe que gostava de Elis Regina - Caio: Frágil e Inocente, de coração imenso e grande amigo. Cadú: Típico playsson marcado rm alguns detalhes - Carol Loira o banheiro do cruzeiro conhece bem - Carol Morena Os bancos que rodam na boate do cruzeiro também conhecem bem!

Escrevi esses alguns nomes pois foram os que me marcaram e me ajudam a nunca mais esquecer de tudo o que houve.

Me apaixonei, descobri que paixão é só um grande desejo.
Uma rápida amizade se formou, isso sim é para sempre quando alimentado.
Puta que pariu, só me resta lembrar de tudo o que houve, e rezar para que um dia nos encontremos novemente, mesmo que vivamos em vários cantos diferentes do brasil.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

As vezes fico pensando se transcrevo ou não os meus pensamentos para esta tela, por fim, acho melhor sim, minha memória cronológica é péssima, o anteontem vira mês passado e o hoje eu deixo como um sonho da noite passada.
Férias são maravilhosas, conheço pessoas; sou pessoas; mudo vidas por um dia, que interferem na minha pela eternidade. Faço apenas acontecer, nada mais, nada muito além do que eu quero, mas muito, muito além de onde acho que posso chegar.

Conheço Hippies que vão abrir bares sem saber quando, nem onde, nem mesmo o porque; apenas a vontade. Bolados que pedem cigarros e procuram sexo, por fim acabam achando!
Algum maluco beleza que toca no violão fazendo seus dedos deslizarem, como se aqueles braços de madeira fossem uma continuação de seu próprio corpo.
Bebo, caio, bebo, caio, bebo, fernando, bebo, murilo, bebo andré, masrcos, estevão, jorge...
Fuck fuck fuck yeah, c'mon baby, yeahh fuck fuck fuck c'mon baby(The End)



terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Vai ver que a felicidade é assim; quando agente começa a senti-la ela já está indo embora, talvez seja pois deve ser maravilhosa enquanto durar, imagine que monotonia uma vida completamente feliz...
Mais uma fase da minha vida se inicia, para variar, mais dúvidas do que certezas, mas bem mais certezas do que não quero!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Desde cedo vou aprendendo
que não é do jeito que eu quero
o mundo controla o como vou andando

Você espera chegar em casa para brigar
mas agora, já não adianta mais falar
o tempo já passou
então, já era

I'ts just a lie what Freud said
The past don't come back
O tempo perdido não volta mais
não adianta mais

Vá se fuder