Estou dezessete anos mais velho agora, procurando aonde quero chegar. Mas isso não faz diferença agora, pois eu sei que sempre vou poder tentar mais uma vez... Até o dia em que eu morrer!
Estava sentado à beira mar, observando aqueles pêlos suados, descalços; procurando talvez alguem que me deixasse chupar. Um cigarro após o outro, esperando alguem se aproximar. E foi simples assim, ele me pediu um cigarro, puxou algum papo escroto, falou sobre mulheres, bebidas e drogas. Falta de sexo! E pensei que esse não era o problema naquele momento. Já tinha sacado aqueles olhares secos sobre mim, pupilas dilatadas, voz melosa; cautelosamente, aproximei minha mão sobre seu órgão, esfreguei de pau duro já há longo tempo, aquele sorriso de lado apareceu em ambos.
-Sabia!
-Onde podemos ir?
-Talvez em qualquer lugar, ou em lugar nenhum!
No meio do mato, aquela cabeça roxa se expôs:
-Nome?
-Fernando!
-Prazer!
-Só vem depois!
Minha boca se aproximou com nojo do crack, chupando pelas beiradas, pois estava sujo.
-Te verei novamente?
-Quem sabe algum dia? Ou dia nenhum!?