Frases feitas, alegrias inventadas, tudo se torna triste quando a solidão assola o meu mundo.
Ah, a solidão; meu maior medo, meu pior pesadelo. E parece que todos os caminhos que trilho, todas as escolhas que sigo, me levam a um único lugar.
Todos e tudo à minha volta parecem ser inferiores. E a unica maneira de acertar tudo isso é o álcool. Aquele que traz arrependimentos e satisfação.
Com o copo sempre meio cheio, a alma meio vazia; tudo em mim se volta contra a eternidade de minha vida.
A eternidade em tudo o que é finito, num estado de calamidade em minha vida, onde tudo o que quero parece ser mais distante do que aguento; onde a rotina distancia tudo o que me é desejo e vontade.
Me acostumei com essa merda toda, não tenho mais vontade de seguir, de desejar, procurar e almejar.
A rotina, a qual tanto corri se faz presente nas fugas, nas escapatórias. As memórias que sempre se tornam presentes, os desejos, cada vez mais distantes, só me resta a fuga deste mundo. Meus medos que se voltam contra mim a cada hora de dormir.
Quero, desejo alguém do meu lado, mas tudo o que faço é distância. Eu quero distância do mundo, distância de mim, longe de tudo o que me faz rir, eu sou o oposto. Tenho medo da solidão, de acabar em uma solidão a dois, por não ter aproveitado a chance que me deu o mundo.
Eu PRECISO sorrir, mas, com tudo o que eu sinto, com tudo o que eu vivo; já não me parece mais real o amor. E esta seria minha ultima escapatória, minha ultima fuga.
Moral da história? Isso é só em Esopo. Onde tudo te ensina algo, tudo tem alguma coisa a ser dita. Nada se encaixa em mim.
Porra, eu devia estar satisfeito! Eu tenho muito. Minha família me ama, minha amada me quer, sou o melhor de meus amigos... Mas preciso de distância, isso é o que ninguém entende.
Preciso da solidão, de algo que me faça lembrar quem eu realmente sou. No mundo, eu evoluo sozinho, enquanto todos ficam para trás, eu estou à frente.
Solitude é o estado de privacidade de uma pessoa, não significando, propriamente, estado de solidão.