sexta-feira, 18 de março de 2011

Coberto e Descoberto

 Nos encontramos por acaso mesmo, pelo menos era assim que eu prefiria imaginar, que alguma força maior nos uniu além de nossas próprias vontades.
 Eu, apenas sentado naquela mesa bamba do quiosque, que sobre estava cheio de cacos do último copo que tentei tomar. Ele me apareceu! Aquele rosto, aquela visão. Sentou-se na mesa ao lado, pediu uma Skol e logo após o primeiro gole acendeu um Carlton; aquele rosto desconhecido e atraente, talvez até por ser desconhecido se tornara mais atraente, lábios secos, talvez pela secura do cigarro que bambeava de um lado ao outro, ou pela cerveja que ainda não havia chegado.
 Como sempre nos meus estados de euforia, cantarolei uma música de cazuza; o que chamou a atenção dele que em seguida me acompanhou em sintonia na música: - Vida louca vida, vida breve... - Logo o chamei para se sentar junto à mim, sem muito pensar, agarrou o copo e a carteira de cigarros em uma mão, e a lata que ainda estava na metade na outra.
-Quer dizer que tu curte cazuza?
-Com certeza, embalou minhas baladas enquanto tu estava nascendo!
-Quantos anos acha que tenho?
-15? 17!
-Acertou. E você?
-26
-Já está na idade santa! Janis, Jim, Jimmi, James Dean...
-Não me importaria em morrer agora, só quero poder apagar meu cigarro no cinzeiro e pedir uma dose de Uísque.

 Podia estar quente, o suor podia escorrer, o ventilador soprava um bafo mas tudo o que eu queria era poder continar envolto naquele que sempre me acolheu quando eu tive medo antes de dormir, que me deu conforto e companhia quando eu me sentia sozinho, e a unica coisa que precisava era algo me abraçando.
 Cômico não? Não! Isso só significa algo para quem vive este medo de dormir sem seu cobertor, sem seu eterno protetor, que sempre te livrou de todos os perigos que o cair da noite em uma cama solitária podia trazer.

terça-feira, 15 de março de 2011

Bilhetinho

Um menino rejeitado na sala de aula, uma menina deixada de lado pelas opiniões. Tudo começou com Ned Kelly e algo a mais que não me lembro bem.

Um céu de estrelas num ponto de ônibus, o bilhete na porta do carro, um corpo encontrado na praia morto afogado, Iemanjá viu tudo bem de perto. "Look for the girl in the sun in her eyes and she's gone..." Não era bem uma Lucy, mas sim uma Júlia, com sobrenome até esquisito, até um céu de diamantes podiamos ver naquelas noites.


Lembro-me daquele excesso de batom que você tirou no guardanapo do bar, dos embriagados risos  sentados na calçada, das observações sobre meus limites, ou dos limites que não tenho; do charuto de chocolate, da grama do pier, dos planos inacabados e por fim, do fim.

Até cheguei a pensar em me casar contigo, mesmo sabendo que não havia sentimento para isso dentro de mim.  Nada neste mundo é eterno meu bem, e pouco tempo é tempo demais para quem sabe o que quer, mas mesmo assim, como você sempre diz, que seja eterno enquanto dure.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Alto-mar

 Uma semana sem dormir, uma semana de novas experiências e momentos inesquecíveis.
Saudades das pessoas que nunca mais vou esquecer: Elis: Filha de um Hippie e uma mãe que gostava de Elis Regina - Caio: Frágil e Inocente, de coração imenso e grande amigo. Cadú: Típico playsson marcado rm alguns detalhes - Carol Loira o banheiro do cruzeiro conhece bem - Carol Morena Os bancos que rodam na boate do cruzeiro também conhecem bem!

Escrevi esses alguns nomes pois foram os que me marcaram e me ajudam a nunca mais esquecer de tudo o que houve.

Me apaixonei, descobri que paixão é só um grande desejo.
Uma rápida amizade se formou, isso sim é para sempre quando alimentado.
Puta que pariu, só me resta lembrar de tudo o que houve, e rezar para que um dia nos encontremos novemente, mesmo que vivamos em vários cantos diferentes do brasil.